Disciplina - Cinema

Filmes & Educação

25/06/2015

A vida de Vladimir Kozák é tema de documentário tcheco

Uma equipe da Czech Television, maior canal público da República Tcheca, está na capital para produzir um documentário sobre o artista Vladimir Kozák. Intitulado “As pegadas checas pelo mundo – a história de Vladimir Kozák” (tradução livre), o documentário, que irá ao ar na TV tcheca em 2016, aborda toda a trajetória de Kozák no Brasil, desde que aportou no país, em 1923, até falecer, em 1979.

Para retratar a história do artista, a equipe de documentaristas está fazendo uma grande pesquisa no Museu Paranaense, local que guarda as obras de Kozák e onde ele trabalhou durante algum tempo. Além disso, serão feitas entrevistas com a antropóloga Maria Fernanda Maranhão, que trabalha no Museu e tem uma vasta pesquisa sobre o artista, com a historiadora Rosalice Benetti e com o cineasta e diretor do Museu da Imagem e do Som do Paraná, Fernando Severo, que produziu o filme “O mundo perdido de Kozák”. Para entender o trabalho do artista com os indígenas a equipe deve visitar também a Ilha da Cotinga, onde vivem índios Guarani.

Este não é o primeiro documentário do gênero produzido pelo diretor Vladimir Šimek e pela jornalista Kamila Šimková Broulová, dupla que tem viajado o mundo retratando as histórias dos tchecos ao redor do globo. Entre os trabalhos produzidos por eles estão os filmes “Pegadas tchecas, nas margens do Amazonas” (tradução livre), que trata da experiência do missionário jesuíta Samuel Fritz durante os tempos em que pregou às margens do Rio Amazonas e que produziu alguns mapas sobre o local, e “Pegadas tchecas no reino vegetal da América Latina” (tradução livre), que apresenta a história de cinco grandes botânicos tchecos que se aventuraram pela flora sul-americana – entre eles Thaddeus Haenkemu que, entre outras coisas, descobriu a Vitória Régia.

Sobre o artista
Vladimir Kozák, cineasta, fotógrafo, pintor, etnógrafo e engenheiro, nascido na República Tcheca, em 1897, chegou ao Brasil em 1923. Além de trabalhar como engenheiro em companhias de energia elétrica em diversos estados, entre eles Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, Kozák registrou a exuberância da paisagem e do povo brasileiro por meio da pintura, fotografia e cinema.

Em 1938, contratado pela Companhia Força e Luz do Paraná, fixou residência em Curitiba. Anos depois, em 1946, recebeu o convite do diretor José Loureiro Fernandes para trabalhar no Museu Paranaense, passando a documentar pesquisas de campo voltadas para o conhecimento da diversidade cultural e do território paranaense.

Por iniciativa particular, o artista também pesquisou diversos povos indígenas brasileiros entre as décadas de 1950 e 1960, como os Bororo, Karajá, Ka’apór, Kayapó, Wauja, Yawalapiti e Kamaiurá, entre outros.

Faleceu em Curitiba, no início de 1979, deixando uma obra de grande valor que pertence hoje ao Estado do Paraná, sob a guarda do Museu Paranaense. Este acervo é formado por filmes, fotografias, desenhos, pinturas e uma vasta documentação manuscrita, como correspondências e cadernetas de campo.
Fonte: SEEC

Notícia retirada do site http://www.cultura.pr.gov.br/. Todas as informações nela contidas são de responsabilidade do autor.
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